sábado, 24 de abril de 2010

Sal da Terra e Luz do Mundo

Nas leiras da vida,
no canteiro do meu coração,
o Pastor Galileu
me apascentou.

Meu jeito burro,
minha vida vã.
A minha poesia vazia,
meu coração de nada.

Foi então que vi o quanto vaguei.
Vi que fui o caminho, cuja semente caiu
mas, um doce e lindo passarinho, a comeu.

Vi que fui um solo pedregoso,
e por falta de raiz,
nem o sol, a semente suportou.

Vi que fiz a minha vida em meio a espinhos,
onde as rosas não são formosas.

Todavia, para o Cordeiro da Galiléia,
Sua graça também é infinita.
Sua arte de perdoar é esplêndida.
E a Sua paciência, como dizia Francisco, é adimensional.

Então, com toda sua grandeza,
como um humilde agricultor,
cuidou deste pobre solo,
e o fez fértil.

E com a sua própria mão,
fez-me assim, sal da terra e luz do mundo.
Aleluia!

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