quinta-feira, 22 de maio de 2008

Um dia depois

Aquela mulher, no poço de Jacó.
Ou quem sabe, aquela do perfume, das lágrimas e dos cabelos...
Aquele rabisco no chão e aquele olhar de perdão.
Quem sabe, a Sua voz...
Aquela angústia... Daquele jovem rico.

Não, eu vim um dia depois!
Não toquei Suas vestes, não toquei Suas chagas...
Minha cabeça não experimentou Seu ombro!
Não caminhei sobre as águas... Não subi naquela árvore.
E nem O vi subindo aos céus.
Não, eu vim um dia depois!

Aquele monte... Aquelas palavras... Sim, vivas no tempo!
Mistério! Um dia depois!
Com a mesma carne... O mesmo sangue...
Aonde irei, se só Tu tens poder de me transfigurar?
Mesmo, um dia depois.

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