Nas leiras da vida,
no canteiro do meu coração,
o Pastor Galileu
me apascentou.
Meu jeito burro,
minha vida vã.
A minha poesia vazia,
meu coração de nada.
Foi então que vi o quanto vaguei.
Vi que fui o caminho, cuja semente caiu
mas, um doce e lindo passarinho, a comeu.
Vi que fui um solo pedregoso,
e por falta de raiz,
nem o sol, a semente suportou.
Vi que fiz a minha vida em meio a espinhos,
onde as rosas não são formosas.
Todavia, para o Cordeiro da Galiléia,
Sua graça também é infinita.
Sua arte de perdoar é esplêndida.
E a Sua paciência, como dizia Francisco, é adimensional.
Então, com toda sua grandeza,
como um humilde agricultor,
cuidou deste pobre solo,
e o fez fértil.
E com a sua própria mão,
fez-me assim, sal da terra e luz do mundo.
Aleluia!
Por que o dia de finados?
Há 3 anos