Meu peito, a sarça ardente.
Fogo que não se consome
Solo que se fez sagrado
Meu leito, a burguesia fedida.
Águas escuras e podres
Poses e pérolas nobres
Curso e vida vã
Meu sim, meu arrependimento.
Renúncia, dor de morte.
Liberdade conquista perene.
Primeiro encontro, primeiro amor.
Meu peito, a sarça ardente.
Posto que me fiz bem aventurado
Despido até das alpargatas
Pelas veredas dos miseráveis
Abortado, fecundo está.
Tempo, a memória que se apaga.
O vento que vaga
Mas, a maravilha do deserto.
Chama que não se consome, apaga-se?
Não, não deixarei que se remova o candelabro.
Posto que a sarça ardente
Renova em mim e não se consome.
http://palcodapoesia.blogspot.com
Por que o dia de finados?
Há 3 anos