sábado, 16 de julho de 2011

Meninos da Praça

Olhai a brisa da manhã, não vês o Criador?
Ele se faz presente no brilho do sol,
No sorriso das crianças,
No coração do pobre e miserável.

Sua mão quer te tocar.
Quer tocar no teu coração.

Este oleiro olha o mundo e manda profetas.
Para que as pedras não falem

Mas não são das suas mãos
O véu de pérolas que cobrem a sua Igreja.
“Os que se vestem de roupas preciosas e vivem no luxo,
Estão nos palácios dos reis” e, são pedras de tropeço,
Assim, como a madrugada da candelária.

Quando prostras teus joelhos,
Busca-o num exílio universal.

Que queres ser?
Um caniço agitado pelo vento?
Arranca-te esse dedo de sobre os lábios!
Não vês que os cegos vêem, os coxos andam,
Os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem,
Os mortos ressuscitam?

Arranca-te esse dedo de sobre os lábios!
Para que as bem-aventuranças entrem no teu coração
E aos pobres o Evangelho seja anunciado.

Ouve as lamentações cantadas para ti e chores!
Para que o Senhor não tenha contra ti
Que arrefeceste o teu primeiro amor
E seja removido o seu candelabro.

sábado, 9 de julho de 2011

J'ai deux amours

Madeleine tem dois amores, seu país e Paris;
Se divide no fascínio das paixões,
dos encantos e dos prazeres;
Entre a beleza de duas cidades,
de Manhattan (est belle), que é seu berço,
e da cidade luz, que é Paris.

Eu tenho dois amores, meu país e a Igreja de Jesus;
Na cidade dos homens, o meu fascínio
e as minhas paixões;
Na cidade de Deus, a minha alma,
saciada como de fino manjar,
suspira.

Sou como a corça,
mato a fome do meu corpo
com víboras,
mas às afogo no meu arrependimento,
na cede da minha alma
pela a água viva.

Eu tenho dois amores,
meu país e a cidade Luz.