quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Insensível, demasiadamente insensível.

Despertei de manhã ao som das buzinas,
do sinal verde fechado!
Levantei da cama, cheio de preguiça.
Eta colchão desajeitado!

Lavei a cara remelenta,
bebi um leite desnatado
e degustei esponjas de bromato.

Não beijei minha mulher,
nem dei bom dia ao vizinho.
Fui despertar outros tantos,
desvairando-me no trânsito.

Raspei-me e livrei-me de um desastre,
onde voaram pernas e braços,
cabeças e vidros.

Onde bonecas e crianças
presas nas ferragens e nos cacos,
confundiam-se com o nada.
Onde as chamas não as carbonizava,
por causa do sangue que jorrava.

Vi brigas adiante.
Vi tiros e assaltos.
Corrompi um guarda.
Tomei uma cachaça.
Enfrentei o vestibular,
e passei em primeiro lugar.