Olhai a brisa da manhã, não vê o Criador?
Ele se faz presente no brilho do sol,
No sorriso das crianças,
No coração do pobre e miserável.
Sua mão quer te tocar.
Quer tocar no teu coração.
Este oleiro olha o mundo e manda profetas.
Para que as pedras não falem
Mas não são das suas mãos
O véu de pérolas que cobrem a sua Igreja.
“Os que se vestem de roupas preciosas e vivem no luxo, estão
nos palácios dos reis”
E, são pedras de tropeço.
Assim, como a madrugada da candelária.
Quando prostras teus joelhos,
Busca-o num exílio universal.
Que queres ser?
Um caniço agitado pelo vento?
Arranca-te esse dedo de sobre os lábios!
Não vês que os cegos vêem, os coxos andam,
Os leprosos ficam limpos, os surdos ouvem,
Os mortos ressuscitam?
Arranca-te esse dedo de sobre os lábios!
Para que as bem-aventuranças entrem no teu coração
E aos pobres o Evangelho seja anunciado.
Ouve as lamentações cantadas para ti e chores!
Para que o Senhor não tenha contra ti
Que arrefeceste o teu primeiro amor
E seja removido o seu candelabro.