quinta-feira, 22 de julho de 2010

Jane

Eu vivia cativo à própria “liberdade”.
Pensamentos, sonhos e grades...
No meu livre arbítrio,
Uma boemia, uma madrugada.
E nas ruas frias, úmidas e escuras,
Buscava a felicidade.

Quantas vezes a “encontrei” nas esquinas,
Não das ruas frias úmidas e escuras,
Mas nas esquinas da vida.
Talvez frias úmidas e escuras;
Mas talvez, por serem frias úmidas e escuras,
Não tinham vida; eram passageiras;
Duravam apenas aquela noite,
Ou algumas noites.

Mas na noite das noites,
Ou na plenitude da noite,
Que jazia em meu ser;
Quando a lua já não mais nascia,
Quando o meu fim último parecia à solidão,
Senti o cheiro da manhã,
Percebi o vulto da aurora.
E por de trás das serras,
No seu sorriso, brilhou uns raios,
Que me invadiram, e me libertaram.

Na Plenitude dos Tempos

No décimo quinto ano do governo de Tibério,
Quando Pilatos governava a Judéia,
E Herodes era o tetrarca da Galiléia,
Quando Anás e Caifás eram sumos sacerdotes,
Quando o Amor não mais suportava a dor,
Nasceu Jesus, o meu Salvador.