quinta-feira, 8 de abril de 2010

É Proibido Ver a Rosa

Era estação de inverno
Na cidade da contradição
Ora maravilhosa, ora...sou covarde
Depois de chuvas e frio
O sol brilhava e se escondia
Consumando uma tarde linda
Havia pedras salteadas no céu
Mas eram leves como isopor
Fofas como algodão
No ar,o balé das andorinhas.
É linda a natureza
Natureza, eu gosto de voçê!!

Pena que sou pobre
E não tenho coragem de me opor
A minha condição de vida

Se eu pudesse viajar pela a mãe
Subir o pico da neblina
E deitar no tapete do algodão divino

Pena que sou pobre
E não tenho coragem de me opor
A minha pobre pobreza

Há tanta magia na geografia da mãe
Há tantos rebeldes violentando a nudez da rosa
Há tanta voz muda
Há tanto corpo sem alma

Pena que sou pobre
E não tenho coragem de romper
Pena que sou rico
E não tenho coragem de empobrecer

Pena que sou forte
E tenho coragem de suportar
Ossos quebrados
Peles rachadas
Mentes atômicas
Sanguessugas parasitas
Corpos ocos
Sem estômagos
Sem escrúpulos

Pena que sou fraco
E não tenho coragem de reagir
A minha própria fraqueza.

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