sábado, 12 de julho de 2008

Asas em pó

Na fúria da juventude
Vaguei nas asas verdes
Pelo firmamento, efêmero e azul
Buscando um arco-íris
Na noite escura, cruel e fria.

Nas asas do tempo
A levedura da juventude
Não passa de fogo de palha.
O que consome agora
São as entranhas, a alma
O cerne da vida.

E queima como brasa
O coração que ama
A esperança que impulsiona
A escência da vida
Volatizando o aroma das rosas
O charme que conquista.

E o que fica
São as cinzas, a velhice
Sem o germe que faz brotar
Os ramos da vida.

Nenhum comentário: