quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Marapendi

Em meia vida e meia morte
Sob o sol, sob a lua
Respira homem, bebe óleo
É senhora é dama
Foi bela será privada
É maria é nativa
Foi índia é selvagem
É museu em demolição

Em meia vida e meia morte
Índia Maria, uma guerreira em silêncio
Mansa e carinhosa
Mãe de tantas mães
Acalenta e alimenta
Suas últimas esperanças

Em meia luz e meia trevas
Depois de gerar tantas vidas
De encantar tantos olhos
A mãe Marapendi
Que vivia com tanta vida
Que se definia com tanta elegância
Como essência de pureza
Aborta a vida
Fecunda o fim
Respira a morte

Em meia realidade e meia ilusão
Em falso progresso e pura decadência
Com aplausos inconscientes
Nos bombardeamos ignorantemente.

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